quarta-feira, 27 de janeiro de 2010

Orçamento ou "engana parvos"?


Ontem mesmo assistimos à apresentação do orçamento de estado 2010.
Andei uns dias a ouvir comentadores na televisão e rádios e a ler opiniões em jornais e revistas sobre o assunto. Mas agora comecei a tentar pensar pela minha cabeça e fiquei chateado, sim chatado mesmo!
Todos diziam e dizem que os funcionários públicos são a causa maior do déficit. Fui indagar e, no site do ministério das finanças, verifiquei que as despesas com os funcionários públicos no orçamento de 2009 foi de 11% do PIB. Se pensarmos que nestes 11% estão ordenados elevadíssimos de altos cargos (exemplo, 230 inúteis deputados que têm disciplina de voto e não servem para nada, mais os membro do governo e os tachos políticos em direcções e institutos que há por este País fora...), ficando só com aqueles que sendo funcionários públicos trabalham a troco de miseros patacos, arriscaria que não representam mais de 9% do PIB. Uma pessoa com um par de neurónios entenderá que não são o 9 ou 10% do PIB que provocam o nosso deficit. Essa é uma treta que funciona neste sistema de ditadura da consciência!!!
Um simples funcionário público ou trabalhador por conta de outrém que tenha um ordenado perto de 800/900 euros mensais é considerado rico. Com efeito, paga impostos pelo máximo, paga a escola dos filhos (no ensino superior público, paga propinas em cerca de 100 euros/mês por cada filho e, numa creche ou infantário, ainda paga mais), depois há pessoas que, tendo muito património e declarando o ordenado mínimo, não pagam nada e os seus filhos por vezes ainda recebem bolsas e subsídios.
Agora estes iluminados todos consideram que há que congelar os ordenados dos funcionários públicos e, consequentemente, todos os ordenados. O que vai acontecer é que alguns vão ficar com a parte de leão através de concessões e outros esquemas e o grande povão vai ter menos dinheiro no bolso e continuar a trabalhar para esta gente toda.
O desemprego é outro esquema de interesses. Todos sabemos que ele aparece devido à deslocalização da industria para os países BRIC, por isso a economia Chinesa cresce 10% ao ano e a europeia estagna. Não importa estarem a escravizar pessoas nessas paragens já que são os magnatas ocidentais a lucrar. Por cá, vemos que os desempregados mais os benificiários do rendimento mínimo já são mais que os funcionário públicos, mas não interessa modificar muito a sua condição porque eles assim estão "calminhos"e até vão dando uns votos a troco de uns miseros trocados e, assim, este "artistas" vão encontrando "bodes expiatórios". Entretanto temos uma legião de pinguins (cheios de frio e fome mas ainda batem palmas).
Tinhamos aqui "pano para mangas" sobre este tema. Como o texto começa a ficar longo e, depois, ninguém lhe liga, ficamos por aqui..... na esperança que haja comentários a desenvolver estas ideias parvas.

domingo, 24 de janeiro de 2010

Avizinha-se nova liderança na oposição



Há uns dis atrás o Dr. Pedro Santana Lopes promoveu um recolha de assinaturas para a realização de um congresso extraordinário do PSD. Como não tinha acontecido uma situação destas antes, presume-se que os militantes estão com vontade de mudanças. Aparece então em força o Dr. Pedro Passos Coelho com a descarada promoção dos "media" desta candidatura.



Parece pois que os desejos estão todos concentrados nesta nova personagem, pois representa um homem relativamente jovem com ideias diferentes e essas supostas vantagens todas... acreditando na alternância e no desgaste do PS é assim possível que esteja encontrado o próximo primeiro ministro deste País.



No entanto, fico muito procupado. Este senhor, na sua última campanha, defendeu a privatização da CGD. Sabendo nós que o estado cada vez tem menos poder, pois não pode imprimir dinheiro, alterar taxas de juro, definir politicas cambiais, etc... passando este colosso chamado CGD para privados, como poderá intervir no mercado quando necessário?



Resumindo, se este homem chegar ao poder, parece-me que será um passo atrás no nosso, já débil, equilibrio económico. A não ser que a ideia seja mesmo criar um estado liberal e, nesse caso, reduzir o estado a quase nada... mas será essa a intenção? ou de levar mais previlégios a outros actores sociais? Vamos vendo...

sábado, 9 de janeiro de 2010

Acordo na Educação




A avaliação de professores foi tema longo da nossa sociedade. Até dizem que foi esta "guerra" que custou a maioria absoluta ao PS. Tenho ouvido muitos debates e lido crónicas e ideias sobre este tema.

Pessoalmente, estranho tanta ignorância e estupidez que tenho ouvido, visto e lido a este respeito. Na passada segunda-feira, ouvi na rádio club um comentador, de nome Camilo Lourenço que é economista ou coisa parecida, a opinar sobre esta situação e, sinceramente, fiquei triste por meterem pessoas em órgãos de comunicação social a falar sobre o que não conhecem. Outro conhecido é, o oportunista mediático, Miguel Sousa Tavares na TVI que fala sobre o que não conhece.

Vamos ao conteúdo, toda a gente tem que ser avaliada no seu desempenho. No entanto, neste caso há que saber que o maior problema é o laxismo promovido por várias leis e estatutos que se prestam a criar na escola pública uma completa utopia social acreditando que se aprende sem esforço e que o problema são os professores. Não sendo inverdade que há professores pouco profisionais em que muitos deles foram absorvidos para a profissão numa explosão da escola de massas pós 25 de Abril.

As soluções, na minha perspectiva, passam por:

1º - Reduzir custos promovendo economias de escala. Não entendo como é que há varias escolas numa área física, até havendo duas escolas na mesma rua em algumas localidades. Bastava uma escola com todas as condições num raio de 30Km e uma rede transportes capaz. Não passa por fechar escolas isoladas em que os alunos estão a fazer 100km por dia por maus caminhos.
Haveira uma boa biblioteca, refeitório, computadores, oferta escolar ... com muito menos custos. Mas o mais fácil é dizer que os custos estão nos ordenados das pessoas e há pessoas a acreditar!;

2º- Criar um livro de ponto para os Encarregados de Educação assinarem , sempre que fossem à escola reunir com os professores dos seus filhos. Se acontecesse insucesso dos seus educandos, os encarregados de educação que não iam à escola deveriam ser alvo de um sistema de penalização;

3º - Os Encarregados de Educação cujos alunos tenham determinado número de faltas não jutificadas medicamente, pagariam uma multa de valor elevado para que a instituição fosse mais respeitada na sua actividade;

4º- Deveriam ser criados curriculos de diferentes níveis em que os alunos frequentariam de acordo com as suas competências e interesses. Assim, terminariam as reprovações como se pretende, já que todos passariam ainda que alguns em curriculos inferiores. A sociedade real também é competitiva e não adianta fazer da escola uma utopia, já que todos teriam a mesma oportunidade de frequentar o curriculos mais avançados;

5º - Haver todos os anos exames nacionais para todos os alunos e disciplinas;

6º - Informaticamente, cada professor teria alunos associados na sua disciplina. Quando recebia os alunos estes teriam determinados resultados históricos nessas provas nacionais, ao fim de determinado período a avaliação do professor seria feita pela média da melhoria que os seus alunos fizeram na sua disciplinan nessas provas nacionais. Esta seria uma avaliação séria para todos - alunos e professores, sem esquemas e subjectividades e, simultaneamente, uma forma de incentivar o trabalho de todos.
Infelizmente, sei que nada disto poderá acontecer porque há muita gente com vários tipos de "ideais":

- Aqueles que são enfocados nos direitos e esquecem os deveres. Pretendem continuar nestas utopias uma vez que todo o tipo de mudança os assusta e pretendem continuar a alimentar as suas intelectualidades inrealizáveis;

- Os que estão confortáveis no "status quo" . Até alguns pais que, não o admitindo, consideram que a escola é para ensinar tudo e outros que a consideram apenas um armazém para lhe "aturar" os filhos;

- Alguns "bairristas" que não pretendem perder a escola do centro da sua localildade/bairro e esta passar para uma zona equidistante com outras;

- Grandes magnatas do País que pretendem a continuação da "má educação" para grande parte dos cidadãos continuarem "incultos submissos";

- Alguns políticos e homens de negócios, para promover as escolas privadas e as públicas serem, cada vez mais, para "armazém normalizador" da plebe. Assim o estado gasta menos e os privados podem "agarrar" o negócio do ensino;

- Os cidadãos críticos que, sabendo e reconhecendo isto tudo, também não fazem nada para mudar limitando-se a ser seguidistas do pensamento de "idolos mediáticos" ou a desistir por sentirem a sua incapacidade para provocar mudanças.


Quem não gostou, paciência, este é um blogue de pensamento pessoal com abertura total à crítica, confrontem estas ideias e, se possível, mudem a minha ideia com argumentos válidos, não sou de ideias fixas.