domingo, 13 de maio de 2012


Nesta era da globalização, de economia em escala e concentração, da mecanização e informatização de tarefas, não há dúvidas que cada vez faz menos falta a mão-de-obra humana. Esta situação, aliada ao facto de haver liberalização do comércio de artigos de maior absorção de mão-de-obra, as sociedades com menos tecnologia ficaram demasiado permeáveis.

Com efeito, não se entende que haja um mercado liberalizado em têxteis e calçado mas não os haja nos automóveis e eletrodomésticos. Talvez seja porque os países com esse poder não queiram concorrência às suas economias. A Alemanha continua a vender os seus mercedes e a França os seus Renault, enquanto Portugal fecha as fábricas de têxteis e o povo compra os que são produzidos na China porque aquela “avalanche” de chineses saídos do campo e da miséria profunda e secular, trocam o seu tempo total por uns poucos patacos.

Entretanto, para justificar alguma qualidade de vida às sociedades espoliadas da sua atividade económica, os governantes corruptos criam dívida pública para “encher o pote” dos seus comensais ao abrigo da ilusão e máscara dos juros. Cada vez compreendo mais a vantagem dos Islâmicos em terem os juros  proibidos pela sua religião.

Com a maior produção e menor necessidade de mão-de-obra, era de esperar a redução do tempo de trabalho das pessoas para evitar o desemprego. Pelo contrário, aumenta-se a idade de reforma, reduzem-se feriados e dias de férias.  

Pelo exposto, é normal que hajam lojas cheias e stands a abarrotar de artigos para vender e pessoas com vontade de as comprar, mas sem dinheiro e muitas desempregados e sem esperança.

Definitivamente, só se pode entender este “status quo” como resultado de uma ganância desmedida de alguns. Pois é bom de ver as medidas que devem ser tomadas. Da minha parta só me conforta o facto de estar convicto que este sistema vai morrer por si devido à sua insustentabilidade.

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