Nesta era da globalização, de
economia em escala e concentração, da mecanização e informatização de tarefas,
não há dúvidas que cada vez faz menos falta a mão-de-obra humana. Esta situação,
aliada ao facto de haver liberalização do comércio de artigos de maior absorção
de mão-de-obra, as sociedades com menos tecnologia ficaram demasiado
permeáveis.
Com efeito, não se entende que
haja um mercado liberalizado em têxteis e calçado mas não os haja nos
automóveis e eletrodomésticos. Talvez seja porque os países com esse poder não
queiram concorrência às suas economias. A Alemanha continua a vender os seus
mercedes e a França os seus Renault, enquanto Portugal fecha as fábricas de têxteis
e o povo compra os que são produzidos na China porque aquela “avalanche” de
chineses saídos do campo e da miséria profunda e secular, trocam o seu tempo
total por uns poucos patacos.
Entretanto, para justificar
alguma qualidade de vida às sociedades espoliadas da sua atividade económica,
os governantes corruptos criam dívida pública para “encher o pote” dos seus
comensais ao abrigo da ilusão e máscara dos juros. Cada vez compreendo mais a
vantagem dos Islâmicos em terem os juros proibidos pela sua religião.
Com a maior produção e menor
necessidade de mão-de-obra, era de esperar a redução do tempo de trabalho das
pessoas para evitar o desemprego. Pelo contrário, aumenta-se a idade de
reforma, reduzem-se feriados e dias de férias.
Pelo exposto, é normal que hajam
lojas cheias e stands a abarrotar de artigos para vender e pessoas com vontade
de as comprar, mas sem dinheiro e muitas desempregados e sem esperança.
Definitivamente, só se pode
entender este “status quo” como resultado de uma ganância desmedida de alguns.
Pois é bom de ver as medidas que devem ser tomadas. Da minha parta só me
conforta o facto de estar convicto que este sistema vai morrer por si devido à sua
insustentabilidade.
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